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Presidente do Sintropas dá entrevista à emissora de rádio e apresenta ideias inovadoras para o transporte coletivo em PG

Por 8 de abril de 2021 Sem comentários

Na manhã de hoje (08), o presidente do Sintropas, Luizão, participou do programa TNews da Rádio T, que vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 8h, sob o comando de Márcio Martins e Roberta Gross.

Durante cerca de 30 minutos, o líder sindical esclareceu questões sobre o transporte público em Ponta Grossa e apresentou ideias inovadoras para solucionar os problemas do segmento, sem onerar custos aos cofres públicos.

De acordo com Luizão, o município deveria seguir o modelo implantado em cidades de diversas localidades do país e do mundo, onde o valor da tarifa é menor, que o cobrado em Ponta Grossa, e o sistema é mais eficiente.

“Em Ponta Grossa, por exemplo, o transporte alternativo não é regulamentado e a concorrência acaba sendo desleal. O ISS não é recolhido aqui e não existe uma tarifa para as empresas que operam nesta modalidade de transporte. Em Curitiba foi criado um fundo e em toda viagem é cobrada uma tarifa que é revertida para o transporte público. Em Araucária, a tarifa custa R$2,20 e o salário do motorista é mil reais a mais que aqui. A diferença é que as Prefeituras tratam o transporte como um bem da cidade”, considera.

Uma alternativa para Ponta Grossa, já apresentada inclusive ao Conselho Municipal de Transporte, envolve a publicidade nos veículos. A sugestão dada foi de que os espaços em seus vidros traseiros fossem comercializados às empresas e revertidos em subsídio, para o pagamento dos funcionários.

“Tem 200 ônibus da VCG rodando. Se cada veículo circulasse com uma propaganda de mil reais, ao final do mês seriam R$200 mil a mais para o caixa da empresa. Mas existe vontade? Isto não depende do sindicato”, questiona.

Se os órgãos competentes não tomarem providências em relação ao transporte coletivo, a tendência é que a situação se torne ainda mais caótica, conforme avalia o representante da entidade sindical. “Hoje as pessoas dividem corrida nos aplicativos, onde embarcam de suas próprias casas e desembarcam onde desejam. Entre escolher entre o transporte coletivo lotado ou um veículo com ar condicionado, vão optar pelo aplicativo. Alguns exemplos estão aí, mas o executivo e o legislativo não se atentam para isto e quanto mais demora para resolver, mais cara a tarifa fica”.

O presidente do sindicato frisou que entende e se solidariza com a pandemia, além de demonstrar preocupação com a saúde dos trabalhadores e dos usuários, que utilizam o transporte público. No entanto, reafirma que em outras cidades, onde também foram adotados critérios rígidos para evitar a propagação da Covid-19, não houve a necessidade de alterar o funcionamento do transporte, muito menos suspender seu funcionamento. “Em Curitiba teve decreto, mas o Governo do Estado subsidia o transporte público e ao invés de suspendê-lo, a frota foi mantida 100% e não houve lotação nos ônibus porque a capacidade de lotação máxima foi reduzida e fiscalizada”.

Para finalizar, Luizão enfatiza que além dos mais de 1.100 trabalhadores, toda a cidade é lesionada pela falta de salário da categoria. “Os estabelecimentos comerciais também deixam de vender e o dinheiro não circula. É uma situação onde toda a cidade perde”, conclui.

 

Ouça a entrevista na integra:

 

 

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