Desde o início da pandemia ocasionada pelo coronavírus, o setor do transporte coletivo já efetuou 70 mil demissões em todo o país. Os dados foram contabilizados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres (CNTTT), que comunicou a crise ao Governo Federal e ao Congresso, através de ofício, e solicitou medidas urgentes a fim de evitar novos cortes.
A Confederação, que congrega 13 federações de base estadual e nacional e mais de 300 sindicatos de trabalhadores em transportes, quer o Governo destine recursos, na forma de auxílio emergencial para amenizar os principais problemas do transporte público e garantir a continuidade da prestação de serviço do setor.
“O transporte público é um serviço essencial e não pode ser tratado pelo Executivo e nem pelo Legislativo sem a devida importância que tem na vida das pessoas e no ordenamento urbano das cidades”, destacou o presidente da CNTTT, Jaime Aguiar.
Além de demissões, a categoria está sofrendo com salários atrasados. As empresas alegam queda brusca no transporte de passageiros e falta de recursos para manter trabalhadores ativos e pagamentos em dia. Em consequência disso, greves e paralisações estão sendo deflagradas em diversas localidades.
Já foram contabilizadas interrupções nos serviços do transporte em pelo menos 19 municípios brasileiros, inclusive em Ponta Grossa, e a lista tende a crescer sem aporte financeiro destinado ao setor.
No final de 2020, os municípios, com mais de 200 mil habitantes, estavam esperando uma verba oriunda da União, mas o montante foi vetado integralmente pelo presidente da República.
O projeto de lei já havia sido aprovado pela Câmara e pelo Senado e destinaria R$4 bilhões para auxiliar o setor de transporte coletivo na pandemia. A expectativa é de que os deputados e senadores derrubem o veto presidencial.
Confiram os ofícios encaminhados ao Governo Federal, Senado e Câmara dos Deputados:
Fonte: Assessoria de Comunicação CNTTT