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Pesquisadores estudam vacina de reforço contra a Covid-19 para ser aplicada no próximo ano

Por 9 de agosto de 2021 Sem comentários

A vacina SpiN-Tec pode ser utilizada como dose de reforço contra a Covid-19. Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) protocolaram na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pedido para testar o imunizante em humanos. A imunização deve ser feita em pessoas que já se vacinaram.

Essa vacina começou a ser desenvolvida em março de 2020 e a conclusão dos testes deve ocorrer no próximo ano, quando a população já estiver amplamente vacinada. O imunizante é desenvolvido pela CTVacinas da universidade mineira com parceria da Fiocruz Minas, e com apoio do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações.

Ao planejarem o desenvolvimento da vacina, os pesquisadores se preocuparam com as mutações do novo coronavírus, para garantir que a mesma seja eficaz contra as novas cepas que surgirem. Desde o início da pandemia, as principais variantes que apareceram foram as Alba, Beta, Gama e Delta, mais transmissíveis e consequentemente com mais impacto na efetividade das vacinas.

Os cientistas explicaram que é impossível fazer uma previsão de efetividade contra as variantes, mas que uma das estratégias para enfrentar esse problema foi escolher uma proteína, que tem sofrido menos mutações para compor combinação de outras proteínas, que já estão contidas na vacina.

Os estudiosos explicam que sempre que um vírus se multiplica, pode sofrer mudanças em sua estrutura, se tornando dominante. Foi o que ocorreu com a variante Gama (P.1) e é o que pode  ocorrer com a Delta.  Para produzir a vacina da UFMG, os pesquisadores desenvolveram um processo em que informações genéticas do novo coronavírus são inseridas em uma bactéria, e essa, por sua vez, produz uma proteína que acaba sendo mais eficiente na proteção contra a Covid-19, por despertar uma resposta mais forte do corpo humano.

Essa vacina pretende misturar essa proteína com outra que já tem sido usada para o desenvolvimento das vacinas Pfizer, AstraZeneca e Janssen).

A previsão é que o início dos testes clínicos aconteçam a partir de setembro e a conclusão das 1ª e 2ª fases ocorram nos primeiros meses de 2022. Caso sejam bem-sucedidas, um novo pedido de autorização deverá ser feito à Anvisa para os testes de fase 3, em que é calculada a eficácia da vacina em um estudo com número maior de voluntários.

Sintropas com informações da Agência Brasil

 

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