Enquanto os consumidores são afetados diretamente com as altas consecutivas do gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha, o associado do Sintropas é beneficiado com os valores mais baixos do mercado.
Devido a uma parceria entre a Mercer Gás e o sindicato, para o sócio, o botijão tem saído a preço de custo, por apenas R$74,00, sendo que a média em Ponta Grossa, atualmente, é de R$85,00.
“Estamos em constantes negociações com a empresa parceira para reduzir os impactos do reajuste aos nossos associados, tanto que hoje temos um preço diferencial na cidade. E vamos continuar lutando pelo sócio, porque a previsão é de mais reajuste”, destacou Luizão, presidente do Sintropas.
Segundo o proprietário da Mercer Gás, Junior Mercer, o consumidor no geral tem reclamado dos preços, mas afirma que os distribuidores não têm outra alternativa a não ser acompanhar as altas. “A Petrobrás não para de subir. E a previsão é de que na próxima semana tenha novo reajuste. Se não acompanhamos, vamos ter prejuízos. Mas, como distribuidor, garanto que o preço que o sindicato vende está muito barato. Percebemos que o Sintropas se propôs a fazer isso para seu associado porque repassa o produto a preço de custo”.
Reajustes
O preço do gás está atrelado ao dólar e à cotação internacional do petróleo. Em menos de 45 dias, já foram dois reajustes feitos pela Petrobrás. No último dia 6, foram 6%, e, no início de dezembro, o reajuste foi de 5%.
O gás de cozinha fechou 2020 com alta de 9,24%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o representou mais que o dobro da inflação registrada no ano passado, que foi de 4,52%.
E a previsão para 2021 não é das melhores. A estimativa é de que o produto chegue a R$150,00, de acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de Gás Liquefeito do Petróleo (Asmirg), Alexandre Borjaili, em entrevista ao portal Metropoles durante esta semana.
Numa hipótese mais drástica, o profissional calculou que o valor pode chegar na casa dos R$ 200,00. “Os ministros de Minas e Energia e da Economia prometeram publicamente que o preço do gás iria cair até 40% ou 50%, mas o que temos é aumentos consecutivos. A Petrobrás não passa um mês sem aumentar ao menos 5% do combustível [vendido às refinarias] e, alinhado a isso, tem o aumento dos estados via ICMS”, avaliou.
Desde 2019, a política que está em vigor prevê reajustes sem periodicidade definida.
Comunicação Sintropas-PG