
No dia 25 de novembro, o mundo inteiro comemora o Dia Internacional de Não Violência contra as Mulheres, uma data que reforça a luta contra todas as formas de agressão contra a mulher, seja física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. Dados mostram que 37,5% das mulheres com 16 anos ou mais sofreram algum tipo de violência nos últimos 12 meses, o que representa 21,4 milhões de brasileiras.
Os números demostram a gravidade da situação no Brasil. Os casos de violência doméstica dominam com 258.941 casos em 2023, um aumento de 9,8% em relação a 2022. As tentativas de homicídio contra mulheres foram 8.372 casos em 2023, o que representa um aumento de 9,2% em relação ao ano anterior. Ainda no mesmo ano, o país registrou 2.797 tentativas de feminicídios, sendo 1.467 casos consumados. Destes, 64,3% dos feminicídios ocorrem dentro da própria casa.
O Sintropas não poderia deixar esta data passar em branco e faz um alerta para que as mulheres saibam identificar qualquer sinal de violência e busquem ajuda se forem vítimas.
Tipos de violência contra a mulher
A violência contra a mulher pode assumir muitas formas, algumas visíveis, outras silenciosas.
- Violência Física
É qualquer ação que cause dor, ferimento ou dano físico à mulher, como empurrões, tapas, socos, chutes, arranhões, mordidas, puxões de cabelo, estrangulamento, queimaduras, atirar objetos na mulher, forçar a mulher a ingerir álcool ou drogas.
- Violência Psicológica
É toda ação que cause dano emocional, diminua a autoestima ou controle o comportamento da mulher, como humilhações, xingamentos, insultos, manipulação, chantagem emocional, ameaças — de agressão, de tirar os filhos, de abandono, controle excessivo: com quem fala, como se veste, onde vai, privações de sono, descanso ou contato com familiares, fazer a mulher duvidar de si, dizendo que “ela está louca”.
- Violência Moral
É qualquer ação que prejudique a honra e a reputação da mulher, acusando falsamente de traição, espalhar boatos ou mentiras, ofensas relacionadas à vida sexual, fazer acusações públicas para humilhar, difamar ou caluniar a mulher no trabalho ou na família.
- Violência Sexual
Quando a mulher é forçada a qualquer ato sexual não desejado, dentro ou fora da relação. Obrigar a manter relações sexuais sem consentimento, forçar práticas que a mulher não aceita, impedir o uso de métodos contraceptivos, forçar gravidez, aborto ou esterilização, usar a condição de chefe ou superior para obter favores sexuais, toques, beijos ou carícias não autorizados.
- Violência Patrimonial
É quando o agressor retém, controla, destrói ou tira bens, documentos ou dinheiro da mulher. Tomar cartão, salário ou documentos pessoais, destruir objetos de trabalho, celular, roupas, não deixar que trabalhe ou estude, fazer dívidas em nome da mulher, esconder bens ou controlar totalmente as contas da casa.
Como reconhecer quando há violência
A violência pode começar de forma sutil, com ciúmes “em excesso”, críticas constantes e isolamento. Com o tempo, tende a se intensificar. Alguns sinais importantes:
- Você sente medo da reação dele?
- Ele controla onde você vai ou o que faz?
- Você se sente humilhada, culpada ou diminuída?
- Ele ameaça você ou sua família?
- Você deixa de se expressar para evitar conflitos?
Se a resposta for sim para qualquer uma dessas perguntas, há risco de violência.
Onde buscar ajuda
- Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher
- Disque 190 – Polícia Militar (em casos de emergência)
- Delegacias de Atendimento à Mulher
- Centros de Referência de Assistência Social (CRAS e CREAS)