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Projeto proíbe fiança em casos de acidentes de trânsito que resultem em morte

Por 28 de outubro de 2025 Sem comentários

Um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados quer acabar com a possibilidade de fiança para motoristas que causem acidentes graves no trânsito. A proposta, identificada como PL 826/2025, altera o Código de Processo Penal para proibir o pagamento de fiança em casos que resultem em lesões corporais graves ou morte.

A deputada Silvye Alves (União-GO), autora do texto, afirma que o objetivo é aumentar a responsabilização de condutores que, por imprudência ou comportamento perigoso, acabam tirando vidas.

Segundo a parlamentar, a legislação atual ainda permite que motoristas envolvidos em acidentes fatais paguem fiança e respondam em liberdade — algo que, na prática, pode reforçar a sensação de impunidade.

Silvye destaca que quem dirige alcoolizado, sob efeito de drogas, participa de “rachas” ou comete manobras arriscadas assume conscientemente o risco de causar uma tragédia. “Há casos de negligência evidente e também de dolo eventual, quando o motorista sabe que pode matar, mas decide correr o risco mesmo assim”, explicou.

O que diz a lei hoje

Atualmente, a legislação brasileira já prevê que certos crimes não admitem fiança, como os de racismo, tortura, tráfico de drogas, terrorismo, crimes hediondos e ações cometidas por grupos armados contra a ordem constitucional ou o Estado Democrático.

Além disso, a Justiça pode negar o benefício em outras situações, dependendo da gravidade do crime e do perigo que ele representa para a sociedade.

Crimes sem possibilidade de fiança

A legislação brasileira já considera inafiançáveis determinados delitos, entre eles:

  • Racismo;

  • Tortura;

  • Tráfico de entorpecentes;

  • Terrorismo;

  • Crimes hediondos;

  • Infrações cometidas por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.

Próximos passos

O projeto será analisado pelas comissões de Viação e Transportes e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). Depois disso, deve seguir para votação no Plenário da Câmara. Para virar lei, ainda precisa passar pelo Senado.

Com informações: Agência Câmara de Notícias

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