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Doze cidades no Paraná adotam tarifa zero no transporte público; Saiba quais são os impactos causados

Por 9 de janeiro de 2024 Sem comentários

Muitos municípios brasileiros estão passando a oferecer o passe livre aos usuários do transporte público. Atualmente,102 cidades no país aplicam a tarifa zero, sendo 12 delas no Paraná. Tais como: Carambeí, Clevelândia, Cianorte, Faxinal, Ibaiti, Ivaiporã, Matinhos, Paranaguá, Palmas, Pitanga, Quatro Barras e Wenceslau Braz.

A maior parte das adesões começou surgir após a pandemia. Foram 65 cidades adotando a tarifa a zero entre os anos de 2021 e 2024. Uma das explicações para o aumento repentino foi a crise, que o transporte público já estava passando, mas que foi intensificada nestes últimos três anos.

Segundo o especialista, mestre em planejamento Urbano e regional da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), a diminuição de passageiros, que foi intensificada com o surgimento de plataformas de viagens, agravaram a crise do transporte. Além desses, podem ser mencionados outros fatores como aumento de combustível, reajustes no bilhete e diminuição de frota. “É uma tendência de queda que já vinha ocorrendo mesmo antes da Covid-19, mas se acentuou com a pandemia”, destacou ao  g1 Itapetininga e Região, Daniel Santini.

O especialista e também pesquisador avalia que muitos Municípios observaram que aumentar o subsídio foi uma das maneiras de salvar o transporte. “A dependência da tarifa tornou o serviço inviável, [além] do avanço da mobilização, uma concorrência que é desleal – ela é baseada na falta de regras, na precarização de trabalho e que tem um impacto concreto no transporte coletivo”, explica Santini.

Mobilização e interesses políticos também foram primordiais na decisão, de acordo com o pesquisador.

Benefícios

A gratuidade na tarifa favorece a todos que são usuários, mas beneficia ainda mais as pessoas de baixa renda. A aplicação do passe livre ainda promove mais acesso aos espaços público e contribui com a diminuição da poluição atmosférica e na diminuição dos acidentes de trânsito.

“Se eu quero pleitear, sonhar, ambicionar, viver em cidades mais agradáveis, sem tanto congestionamento, sem tanta poluição, que funcionem de maneira mais adequada, eu preciso necessariamente pensar em políticas para fortalecer o transporte público. E a tarifa zero é algo paradigmático para uma mudança, uma mudança estrutural na maneira como a coisa tem que funcionar”, analisou o pesquisador ao G1.

O presidente do Sintropas, Luizão, não só apoia a tarifa zero como está engajado como a Central Única dos Trabalhadores (CUT-PR) para que a tarifa zero seja uma realidade em todos as cidades do Paraná, inclusive, em Ponta Grossa “Além de privilegiar as classes de baixa renda, também trarão novas vagas de emprego no segmento. Sendo gratuito o transporte, mais usuários se beneficiarão e as empresas terão que contratar mais mão de obra para atender toda a frota”, considerou Luizão.

 

 

Com informações g1 Itapetininga e Região

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